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  • ari3693

SÉRGIO DA COSTA FRANCO




O historiador de Porto Alegre


Em entrevista ao Jornal da ARI no final de 2020, Sérgio da Costa Franco disse que gostaria de ser lembrado como promo


tor de Justiça, primeiramente, e logo depois como jornalista provisionado.

- O historiador e o cronista podem ser esquecidos, pois ficaram fora de moda – justificou, com excesso de humildade e uma ponta de desencanto.

Seu pequeno engano pode ser relevado, considerando-se que passou a maior parte de sua longa vida trabalhando pela verdade e pela exatidão dos fatos. Sérgio da Costa Franco, falecido aos 94 anos no último dia 13 de outubro, será lembrado para sempre como o historiador de Porto Alegre, o gaúcho de Jaguarão que escreveu a biografia da Capital rio-grandense, recontou suas lendas e colocou encanto em cada recanto da metrópole.

Seu Guia Histórico, o mais notável das três dezenas de livros que publicou, é ao mesmo tempo um roteiro turístico e um dicionário da cidade, com nomes e fatos extraídos do passado por meticulosa pesquisa e com inquestionável comprovação documental.

- O amor à verdade dos fatos me acompanha sempre – dizia.

Nascido em Jaguarão em 12 de julho de 1928, Sérgio graduou-se em Geografia e História em 1948 e em Direito em 1954, ambos os cursos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou como professor e foi funcionário do IBGE e do Banco do Brasil antes de ingressar no Ministério Público estadual, aposentando-se como Procurador de Justiça. Tornou-se jornalista provisionado depois de escrever durante duas décadas para o Correio do Povo, sendo mais tarde, também, colunista e editorialista de Zero Hora.

Porto Alegre foi a grande personagem de seus livros. Além do Guia Histórico, fonte inesgotável de consulta sobre ruas, parques, praças e pessoas porto-alegrenses, também publicou Porto Alegre e seu Comércio, Porto Alegre Sitiada, Gentes e Espaços de Porto Alegre, A Velha Porto Alegre, Porto Alegre Ano a Ano e inúmeras outras referências à cidade em suas coletâneas de crônicas.

Filho do juiz Álvaro da Costa Franco e de Gilda Werneck da Costa Franco, Sérgio casou-se em 1951 com Ignez Maria Casella da Costa Franco, companheira de seis décadas com quem teve cinco filhos: Sérgio, Maria Ignez, Miguel, Fernando e César.


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