Walter Galvani tinha o sonho, quando menino, de tornar-se piloto de caça da Força Aérea, talvez devido a sua origem canoense.
No entanto, Galvani tornou-se piloto das letras, e como voou alto aquele menino. Em Porto Alegre, já no Correio do Povo, o jornalista ganhou notoriedade com grandes pautas como a primeira feira do livro da cidade do qual foi Patrono décadas depois, evoluiu na profissão, tornou-se secretário de redação, trabalhou no rádio, professor, cronista, escritor, também foi pai, avô e marido.
Salvou o Mercado Público da demolição em 1972 em uma campanha heroica, escreveu a centenária história do seu querido Correio do Povo, publicou livros que contam a história do jornalismo e do Brasil. Merece destaque o seu, “Nau Capitânia - Pedro Álvares Cabral: Como e com quem começamos”, pelo qual recebeu o prêmio “Casa de Las Americas” em Cuba, ocupou acento na Academia Rio-grandense de Letras. Foi cidadão emérito de Porto Alegre e recebeu destaque em Guaíba e Canoas, cidades que o abrigaram e receberam sua afetividade.
Walter Galvani da Silveira ocupou a cadeira 25 da Academia Rio-Grandense de Letras, Cidadão Honorário de Porto Alegre, detém a comenda do Leão de São Marco de Veneza, Itália, é Comendador da Ordem de Santos Dumont e detém os troféus “Amigo do Teatro”, “Amigo do Livro”, “Ordem das Hortênsias” de Gramado, recebeu o Premio Carlos Nobre de cultura na cidade de Guaíba e da Medalha Pinto Bandeira, maior reverência da cidade de Canoas ao seus cidadãos mais destacados.
Teve participação atuando na área da cultura como Presidente do Conselho Estadual de Cultura e da Associação de Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana.
Foi repórter, redator, coordenador de promoções, chefe de reportagem e finalmente diretor de redação do jornal “Folha da Tarde” de Porto Alegre, entre 1958 e 1984.
Trabalhou no “Correio do Povo” (desde 1955), “Revista do Globo”, Rádio Gaúcha, Rádio Pampa e Rádio Guaíba em Porto Alegre, revista “Rua Grande”, de São Leopoldo.
Foi fundador do jornal “Expressão” em Canoas, onde atuou também em “O Momento” e “O Timoneiro”, semanários locais.
Escreveu para os jornais ‘ABC Domingo” e “Diário de Canoas”, ambos do Grupo Editorial Sinos, para o “Diário Popular”, de Pelotas e para “A Razão”, de Santa Maria.
Walter Galvani
Nascido em 1934 em Canoas, RS.
Jornalista (desde 1954), escritor (desde 1970), vários prêmios de crônica, inclusive dois Prêmios ARI de Jornalismo na categoria, onze livros publicados, sendo quatro na especialidade de Crônica:
“Brasil por Linhas Tortas” (Sulina, Porto Alegre, 1970),
“Informação ou... Morte” (Sulina, Porto Alegre, 1972),
“Andanças e contradanças” (Imagem & Ação, Porto Alegre, 1974).
Dois sobre história do jornalismo:
“Um século de poder – os bastidores da Caldas Júnior” (Mercado Aberto, 1994),
“Olha a Folha” (Sulina, Porto Alegre, duas edições em 1996 e 2002).
Uma novela, “A Noite do Quebra-Quebra” (Mercado Aberto, Porto Alegre, 1993).
“Nau Capitânia – Pedro Álvares Cabral, como e com quem começamos”, (Record, Rio de Janeiro, 1999, biografia, com seis edições sucessivas e quatro prêmios, entre os quais o “Casa de Las Américas”, Cuba, para “Melhor livro da literatura brasileira do ano de 2001”, traduzido para o espanhol e lançado em 2002).
Um romance, ficção pura, “Anacoluto do princípio ao fim”, (Editora Record, Rio de Janeiro, 2003).
Livro dos cinqüenta anos da Feira do Livro de Porto Alegre, depois de haver sido o patrono da edição de n. 49: “A Feira da Gente”, Câmara Rio-Grandense do Livro, Porto Alegre, 2004.
“Crônica, o voo da palavra”, editora Mediação, 2005, escolhido “Melhor livro em não ficção” pela AGES, teoria e prática da Crônica.
“O prazer de ler jornal – da Acta Diurna ao blog”, editado pela Unisinos, em sua coleção “Aldus”, 2008.
“Dolly, Mudou minha Vida” – editado pela AGE, 2008
“A difícil convivência – Porto Alegre e os Farrapos”, editado pela AGE,2013
Participou das seguintes antologias:
Crônicas sobre Porto Alegre, coordenada por Sérgio Faraco, “A Cidade de Perfil”, (SMC, Porto Alegre, 2001.
“Brasil: Receitas de Criar e Cozinhar”, coordenada por Patrícia Bins, (AGE Editora, Porto Alegre, 2001).
Duas coletânea de mini-contos, “Contos de Bolso”, editadas pela Casa Verde.
“Paz – Um voo possível”, organizado por Izabel Bellini Zielinsky, Editora AGE, Porto Alegre, 2004, uma coletânea de artigos e crônicas sobre a Paz.
