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  • ari3693

Plínio Nunes





No dia 26 de janeiro de 2021, o jornalismo gaúcho perdeu

a graça dos trocadilhos inteligentes, a precisão das

revisões bem feitas, o humanismo das reportagens

comprometidas com as pessoas mais vulneráveis e a

camaradagem de um colega de redação humilde,

dedicado e talentoso. Perdeu o múltiplo Plínio Nunes,

falecido nessa data aos 66 anos, devido a um acidente

vascular isquêmico na sequência do tratamento de um

câncer no intestino.

Gaúcho de Bagé, Plínio Omar Nunes nasceu em 30 de

agosto de 1954 e mudou-se para Porto Alegre em 1970,

formando-se em Jornalismo na Universidade Federal do

Rio Grande do Sul, depois de concluir o Ensino Médio no

Colégio Júlio de Castilhos. Começou sua carreira

profissional como estagiário na editoria de Esportes da

antiga Folha da Manhã, da Companhia Jornalística Caldas

Júnior. Efetivado, passou para a Folha da Tarde, do

mesmo grupo, também extinta.

Também atuou como redator nas rádios Guaíba,

Continental e Gaúcha e chegou a criar uma publicação –

Microfone, o Jornal do Rádio – para contar histórias da

radiofusão no Estado. Em 1984, transferiu-se para a RBS,

onde atuou como repórter e editor de Polícia nos jornais

Zero Hora e Diário Gaúcho.


No DG, criou uma seção dedicada ao registro de pessoas

desaparecidas, que alcançou grande repercussão e

ajudou muitas famílias a encontrarem seus parentes.

Plínio também fazia um trabalho voluntário no Natal,

vestindo-se de Papai Noel para distribuir presentes e

gêneros alimentícios a comunidades carentes.

Depois da aposentadoria, voltou a trabalhar como revisor

do Correio do Povo e aproveitou seu conhecimento da

Língua a Portuguesa para escrever um livro que acabou

sendo publicado depois de sua morte. À Crase, os Meus

Respeitos (extensivos à vírgula, ao hífen e a todos os

porquês) foi um dos mais vendidos na Feira do Livro de

2021. Também foi coautor, com Luciano Klöckner e

Santiago, do livro Anedotário do Rádio Gaúcho – 90 Anos

de História, publicado em 2014.

Em paralelo ao seu trabalho no Correio do Povo, Plínio

mantinha o blog pessoal Vida Curiosa, no qual

compartilhava piadas, histórias e fatos jornalísticos

inéditos. Pai e avô dedicado, ele deixou a esposa, quatro

filhos e cinco netos.

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